Preciso de Flores!

Estão guardadas na Quasi


sexta-feira, 31 de agosto de 2007


O primeiro capítulo da minha tese. Só faltam mais 7.

4 comentários:

ana salomé disse...

joana. fiquei muito contente com a tua visita no cicio. e ainda mais por saber que também gostas tanto de salomé quanto eu. vou contar-te uma coisa: não é o meu nome, passou a ser. eu chamo-me catarina, depois de ana. mas salomé é tão mais especial...

gostei muito do teu livro. aguardo pelo próximo.

boa sorte para os restantes capítulos. :) também vou começar a minha este setembro, mas é ainda de mestrado.

beijinho
ana salomé

Joana Serrado disse...

Que bom Salomé. Pelo comentário, pela escolha, pelo teu projecto de mestrado.
Naquilo que eu te puder ajudar, diz-me. Sempre te posso aconselhar nos "don´t"s...
Qual é a tua área?

ana salomé disse...

obrigada, pela oferta, joana :)
é literatura portuguesa contemporânea, mais precisamente al berto. mas ainda não sei bem qual a abordagem. ainda ando por terras movediças. o meu encontro com o orientador vai ser só em finais deste mês.

*
ana salomé

Joana Serrado disse...

Uui ...isso é dificil. Mas tem um significado especial para mim saber que alguem que vai trabalhar Al berto gosta dos meus poemas. Também gosto muito. É um autor que leio pouco mas gosto muito.
E Luis Miguel Nava, que achas dele?

Desejo-te toda a sorte. Trabalha todos os dias, parece que esse é o truque. O meu namorado também está a fazer uma tese em literatura contemporanea, mas é mais de recepcao (recepcao do romance brasileiro). E esse sim, trabalha todos os dias. (Mas eu não!)

Podemos continuar por mail se quiseres.
Aqui fica um bocado publico, nao é? tratadodebotanica#gmail.com

Emparedada/Uit de Muur

Emparedada/Uit de Muur
Um ciclo de poemas portugueses e neerlandeses

Klompen / Socos


Klompen/ Socos

Klompen/ Socos: tamancos, chinelas de pau, tb. acto de toque fisico, agressivo, da /tua, minha/ mao na / minha, tua/ face

Klompen


Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.

Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.

Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.

Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.

Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.

Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.


Socos


Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.

Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.

Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.

Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.

Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.

Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.

Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.


Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33

A minha pátria não é a minha língua