Preciso de Flores!

Estão guardadas na Quasi


sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Pão de ló de Vizela



A nossa Salomé já nos tinha ensinado a fazer um delicioso pudim de claras, mas ontem à noite veio aqui à cidade das rotundas com o nosso Happyandbleeding etrouxeram-me um pão-de-ló de Vizela.

Estivemos o tempo todo a dizer mal dos bloguentos.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Em memória de Pedro Parcerias

Gabinete de de Filosofia Medieval

Colóquio internacional

Universalidade da razão, pluralidade de filosofias na Idade Média
Em memória de Pedro Parcerias

4 e 5 de Janeiro de 2008
Sala de reuniões, FLUP

A investigação recente tem procurado mostrar o pluricentramento filosófico da Idade Média,
contrariando assim a deformadora visão de um pensamento uniforme e dogmático. As comunicações
aqui reunidas mostram uma Idade Média plural em temas e autores, problemas e soluções, textos e
orientações, fontes e influências. Pluralidade que atravessa as filosofias medievais e a sua permanente
e universal abertura à razão, também submetida a crítica.
O colóquio integra as comunicações apresentadas por autores portugueses no XIIº Congresso da
Société Internationale pour l’Étude de la Philosophie Médiévale, que decorreu de 16 a 22 de
Setembro de 2007 em Palermo, a que se juntam as comunicações de outros membros do Gabinete
de Filosofia Medieval e de convidados nacionais e estrangeiros. O colóquio retoma por isso o título
do congresso de Palermo: Universalità della ragione, pluralità delle filosofie nel Medioevo.
O colóquio reúne-se em memória de Pedro Parcerias (Porto, 21.02.1971 – 27.07.2007),
licenciado, mestre e doutor em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Desde
2006 era bolseiro de pós-doutoramento da FCT na Universidade de Coimbra. A sua tese de
doutoramento (Porto 2005, sob a direcção da Prof.ª Maria Cândida Pacheco) será em breve
publicada pela Imprensa Nacional Casa da Moeda: Ente e devir : coordenadas e estrutura da
metafísica in via Scoti. O seu site continua activo: http://ontologiaprimitiva.com

Programa

4 de Janeiro
9,30

Abertura do Colóquio

Maria Cândida Pacheco (Universidade do Porto – IF/GFM)

9,45-10,45

Lição inaugural

Jügen Miethke (Universidade de Heidelberg, Alemanha): Varieties in Medieval Political
Theory in the 14th Century: Marsilius of Padua, Lupold of Bebenburg and William of
Ockham on the Side of the Emperor in his Struggle Against the Pope.

10,45-11,00
Pausa

11,00-12,30
Paula Oliveira e Silva (Universidade de Lisboa – CF): A compreensão do inefável em S.
Agostinho.


Daniela Silveira (Universidade do Porto – IF/GFM): Boécio (título a confirmar).

José M. Silva Rosa (Universidade da Beira Interior): O ‘conflito de interpretações’ no
Tratado do Discurso Decisivo de Averróis

12,30-14,30
Almoço

14,30-16,00
José M. Costa Macedo (Universidade do Porto – IF/GFM): Intellectus/Ratio em Escoto
Eriúgena e Anselmo de Aosta. Um confronto.

Maria Leonor Xavier (Universidade de Lisboa): Anselmo e Duns Escoto: algumas
afinidades estruturais de pensamento.

Vera Varjota Rodrigues (École Pratique des Hautes Études, Paris – post doc FCT –
IF/GFM): «Universalis dicitur quasi communicabilis». Scientia, fides e credulitas em
Teodorico de Chartres

16,00-16,30
Pausa

16,30-18,00

Manuela Brito Martins (Universidade Católica, Porto): Os diferentes modos de pobreza
no Sermo de paupertate do Pseudo-Grossteste

José Filipe Silva (Universidade do Minho – IF/GFM): A alma humana segundo Roberto
Kilwardby.

José Meirinhos (Universidade do Porto – IF/GFM): Existiu um “averroísmo lisbonense”
no século XIV?

5 de Janeiro
9,00-10,30
António Rocha Martins (Universidade de Lisboa – CF): Metáfora e teologia em S.

Boaventura

Luís M. Augusto (University of Sussex – post doc FCT): Eckhart e o 'Inconsciente'

Joana Serrado (Universidade de Gröningen, Holanda): Was heisst Minnen? As razões do
amor através das Beguinas, Mestre Eckhart e o misticismo ibérico

10,30-10,45
Pausa

10,45-12,15
Luis Alberto De Boni (Universidade de Porto Alegre, Brasil): “Praeter de te a philosophis
praedicta, catholici te laudant omnipotentem” (Duns Scotus)

Lídia Queiroz (Universidade do Porto – IF/GFM): Estrutura e problemas em discussão no


De continuo de Tomás de Bradwardine.

Mário S. de Carvalho (Universidade de Coimbra): Neoplatonismos aos ombros de
Aristóteles

12,15-13,00

Lição de encerramento

Josep Puig Montada (Universidad Complutense de Madrid, Espanha — Presidente da
Société Internationale pour l’Étude de la Philosophie Médiévale): Hasday ha-
Sefardi y los apocrypha de Maimónides

13,00

Conclusões e encerramento

José Meirinhos (Universidade do Porto – IF/GFM)

13,30
Almoço

Organização

Gabinete de Filosofia Medieval
Faculdade de Letras
Via Panorâmica s/n
4150-564 Porto

Torre B -Gab. 119
tel. 226077100 -ext. 119
email: gfm@letras.up.pt

Secretariado e inscrições

Gabinete de eventos e comunicação
Colóquio GFM
Faculdade de Letras
Via panorâmica s/n
4150-564 Porto

geci@letras.up.pt ; Telef. 22 6077123

Inscrições

Geral: 10 euros; Membros FLUP: 5 euros; Membros GFM e IF: gratuita.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Das chaves

Não gosto nada de ir aos jantares que ofereço. Sinto sempre a tentação de não ir. Mas se não fosse, quem tinha as chaves para abrir a porta?

Estado da Questão

Apesar de estar sempre a perder as chaves, nós lá em casa somos todos chavistas.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Amor de amoras



Amor de amoras

eu já vi. (E já deixei de ir ao blog da menina limao para ela nao parar de falar comigo com todas as minhas opinioes drásticas e melodramáticas que já para lámandei)

Eu nao vi In the mood for love pois evito a todo o custo desgostos amorosos. Nao quero pensar no assunto. Nao gosto. Não rima comigo e com o meu casaco verde novo.

Vi este porque a minha irma estava aos gritos com o Jude Law.

Eu nao gostei muito.

Digo-vos uma coisa. Fiquei quase pro-sionista por causa da Natalie Portman. O seu desempenho é de arrepiar. E adorei constatar que o meu cabelo já esteve um dia como o da Rachel Weisz, quando saio do cabeleireiro.

Mas eu já nao tenho paciencia para desgostos de amor. Ja sou quase trintona. Nao te estou a chamar novinha, limao, simplesmente eu é que estou velha e azeda.
Já me bastam os meus poemas.

O filme é mesmo como a sua metáfora - blueberry pie.

É boa, saborosa, mas apesar de ser home made, não consegue ser cozinha de autor.

No entanto, deem-me uma tarte de amoras ou mirtilos ou como se chamam essas bagas azuis, e naturalmente que eu aceito.

Flores Calvinistas

Ontem estava um papelinho debaixo da porta da minha casa de 16m2 a dizer que me mandaram um ramo de flores e entregaram ao vizinho do quarto do lado.

Como já era tarde, não toquei à porta do vizinho . Atirei-me ruidosamente para a cama pronta a imaginar quem teria mandado as flores.

Seria um belo rapaz, com uns oculinhos redondos, doutorado aos 30 anos em retábulos medievais ?

Seria um moço poeta que encontro no Café Pauze, andrajoso e com uma pronúncia incompreensível, (ainda hoje nao sei o seu nome) que me confessou, corando, ter gostado muito dos meus caracois? (era um poema, sobre caracois)

E durante muito tempo sonhei no cartão respeitoso mas ardente com que iria retribuir a alguém o raminho.

Devo ter feito barulho a sonhar tanto, ou a remexer-me na cama com alegria, nao sei, que o vizinho de lado me apareceu com o raminho. Até tinha uma bola de Natal. Eu perguntei - tem cartao? (Desejando no fundo nao ter cartao, para pensar em mais hipoteses, ampliando até às mais impossiveis). E lá tinha um cartaozinho.

Era da administração da minha faculdade. Ou seja, a minha orientadora. Agora como é que eu tenho coragem de voltar a não entregar os trabalhos exigidos? Estes calvinistas atacam-nos com flores e má consciência.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Como perder futuras amigas na internet com apenas uma pergunta

Entqo, Salomé para quando é que o David te convidou ver Blueberry Love?

E, ja agora que perdi a vergonha toda, happyandbleeding, para quando é a nossa noite de gelados ao pé do Ceuta?

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A minha pátria

A minha pátria já nao é a lingua portuguesa.

A vida tem-me corrido bem, mas a minha alma não se esqueceu que tem de voar para Vizela.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Camarada

A vida anda-me a correr mal. Acho que foi por ter esbarrado na página do Miguel Marques. Era o mal maior que me poderia ter acontecido. Não só por o Miguel Marques ter todos os indicios de ser um misógino impregnado, daqueles que dizem para escrever um bom romance é preciso tratar mesmo mal as mulheres, mas também, juntamente, por, pelos vistos - posso não investigar para a minha tese mas lá no google sou expert!- o moçinho ter escritos textos para o DN Jovem.
Eu sou daquelas meninas que foram censuradas à partida pelo DN Jovem. Nunca lá mais pus os pés. Quem era o avaliador era o nosso grande romancista José Luis Peixoto (por acaso amigo do Neo- Realista. Aliás, quantas discussões não tivemos por causa do Luis Peixoto). (Invejas puras e duras, reconheço. Não sou perfeita. Quase, mas não inteiramente.)

Eu enviei um poema para o DN. Jovem quando andava hiper activa (um estado bem estranho na minha pessoa) no Bloco. Especialmente quando o Bloco era o Bloco/Madeira . Uma das funçoes era estar na nova sede (quando toda a gente frequentava a sede da UDP). Felizmente a sede era perto de um sitio onde se vendiam queijadas magnificas. Mas nessa altura eu subia e descia as veredas, e as minhas coxas não se chateavam.

Este poema foi-me censurado pelo J.L. Peixoto porque , apesar - and I quote- dos esforços concretistas da primeira parte, a segunda, o final, era desastroso. Agoro GOSTAVA (estás a ver, estou mais meiguinha) de saber porque é que o final não pode destoar do início - ja que tu pertences a geraçao D.N jovem e eu sou uma quase-trintona-amargurada-com-coxas-do-tamanho-de-abóboras



Ser Camarada


o teu corpo farejo CÁ
na areia da tua CAMA
dizer sem pejo: AMA
pedir num beijo- AMARrA
deitada na lua do MAR
loucamente crua e MÁ
arquejar no desejo no AR
trincar tua coxa de RÃ
acender uma tocha iRADA
bebendo a luz que DÁ


até ao espasmo de uma pálida aragem
que estremece e apaga nossa camaradagem.

(Porto, 11. Nov. 2003)

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

http://tripnaarcada.blogspot.com/

MANIFESTO ANTI-TRABALHO DO PARTIDO SURREALISTA SITUACIONISTA LIBERTÁRIO

Estou farto dos velhos
que mandam os malandros trabalhar
estou farto do paleio imbecil
do Governo e da televisão
estou farto das Finanças
e da Segurança Social!
Que se foda o dinheiro!
O Sócrates que vá trabalhar!
Quero passar passar o dia
a escrever poemase a olhar para as gajas.
Estou farto de défices, de percentagens e de economistas!
Estou farto de racionalistas,de analistas e de ponderações!
Estou farto de santas, de seitas
e da moral!Estou farto dos políticos
e das directivas do comité central!
Estou farto do Rocha, do Makukulae do país!
Que se foda o dinheiro!Não quero trabalhar!
Quero passar o dia a escrever poemas
e a olhar para as gajas.

Pelo PARTIDO SURREALISTA SITUACIONISTA LIBERTÁRIO


eu subscrevo. (substituindo só as gajas por os ga(i)jos)

Nao fui a Utrecht dar o bacalhau ao Fradique porque quando cheguei à estação vi que nao tinha dinheiro suficiente . Eram apenas 25 euros (para uma viagem de 1h 40m).
A vida etá a correr-me mal. Até o Miguel Marques deve andar melhor que eu. Nem sequer me mandou os apostrofos. Agora tenho de me contentar com a falta de cedilhas e acentos e voltar a ter pena de mim. Já comprei um bolo de chocolate para me fazer companhia enquanto faço soduku. Voltarei a escrever quando houver um milagre e me tornar outra vez na Santa Joana Princesa.
Até lá, um abraço deste mundo que não é o meu reino.

Autocomiseração antes da reunião de logo a tarde

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Santa Joana Princesa e New Age Deliquents

Quem quiser ver ao vivo a Santa Joana Princesa vestida por Tóxica Hepburn e Menina-Canudos pode vir até Aveiro.

Se alguém gozar com as minhas coxas vocês as duas levam uma chicotada. (Eu ando muito bruta)



A Aveiro Fm convida-o para a sua 5ª Gala.




7 de Dezembro, pelas 21.30h, no Centro de Congressos de Aveiro, mais uma grande noite de festa com dança latina, dança contemporânea, moda, filmes e muita musica: - Paulo Praça (autor do hit nacional "Verdade"); Xaile (novo projecto português com caras bem conhecidas da televisão) e NAD ( a banda aveirense do momento).




Os animadores e jornalistas da Aveiro FM vão apresentar a Gala e entregar os 16 troféus de homenagem às personalidades, instituições e eventos que se destacaram ao longo do ano no distrito.




Os bilhetes têm o preço simbólico de 5€ e o valor total da sua venda reverte a favor do CARDA – Centro de Alcoólicos Recuperados do Distrito de Aveiro – a causa social da edição de 2007.

Os bilhetes estão à venda na Rádio Aveiro FM – Av. Dr. Lourenço Peixinho, Edifício 15 – 5º andar, ou no próprio dia no Centro de Congressos.




Contamos com a sua presença para fazermos desta Gala uma celebração memorável. Venha cantar os parabéns aos 18 anos da sua rádio.




Obrigado pela sua presença.













Duração: 2 horas

Dress code: informal

O Texto de Apresentaçao da Menina Limão (14/09/2007)

Um jardim seria óbvio. Prefiro enunciar uma estufa. Imagine-se um espaço que enchemos de plantas, muitas espécies de plantas. Um espaço onde podemos começar por escolher uma flora inteira. Íntimo e labiríntico, este é um espaço que percorremos lentamente e vamos lendo com os dedos. E a haver um momento do dia para esta estufa, esse momento é a manhã. Tem de ser uma manhã, porque é nela que se dão todos os despertares. Essa é a única luz possível – a claridade de um ser entregue ao seu despertar.
Mas desengane-se quem julga que este livro nos fala de botânica para nos falar de botânica. Não. Este é um tratado de botânica aplicada a um corpo, ao teu corpo.
São, na verdade, dois corpos, um activo e um (aparentemente) passivo. Existe uma acção de um corpo sobre o outro – um corpo que lê o outro com as pontas dos dedos, um corpo que lê o outro como quem o despe. Que o disseca como se disseca uma flor. Todo o discurso encetado se processa através da metáfora da Botânica. E porquê esta metáfora? Porque as plantas são seres vivos. Delicados. Frágeis. Seres que requerem cuidados e atenção. Exigentes. Comunicam com o corpo quando falhamos o nosso dever de olharmos por eles – e só por isso digo que são aparentemente passivos. Expressam a sua carência. Dizem-se sedentos.
Este discurso encerra uma promessa de dedicação. A questão que se coloca é o “como”. Como cuidar de um amor, como mantê-lo, como alimentá-lo. É fácil semear. É fácil ver nascer os rebentos. O difícil é saber controlar o ar que o impede de se tornar irrespirável; o difícil é saber quando regar e estar preparado para fazê-lo sempre que é preciso. É um labor de minúcia, de zelo e é a tempo inteiro.
Daqui nasce a estufa. O que a distingue de um jardim? O calor. A temperatura que o botânico controla como sendo a ideal à vida das plantas que a habitam. Um amor quer-se alimentado a calor.
À semelhança da Botânica que evoca, este é um Tratado cujos recantos e detalhes exigem a mesma dedicação compassada.


menina limão

Resumindo

Amor cum rapit, unit, satisfacit.
Primo quidem amor rapit ad amatum et idem extasim facit.
Secundo amor iungit cum amato et quasi unum efficit.
Tertio amor sibi suffict, nec aliud praeter amare quaerit

Gerson, De Mystica Theologia speculativa, 95.

Sevícias

Ó bébé.

Amanha pelas minhas 15 horas vou estar extremamente aborrecida e hei-de querer vingar-me em alguém.

Às duas horas vou ter uma reunião com as minhas orientadoras. Tenho de lhe mostrar o meu capítulo de 40 páginas, 20 páginas transcritas do português setecentista e 20 páginas traduzidas para inglês. Além de, claro, um resumo de 900 páginas e análise de sínodos.

Como só lhes vou entregar 10 paginas do capítulo (com biblografia), 6 páginas traduzidas e pouquissimas transcritas - além dos sínodos terem ido à vida, que eu ando aqui em teologia não é para aturar homens - e ainda por cima vou-lhes cravar dinheiro para ir para o Congresso Internacional de Filósofas, na Coreia do Sul para ir falar sobre o que mulheres poderiam escrever se não perdessem tempo com homens como tu, QUERO (que contigo tem mesmo de ser à bruta) ver na minha caixa de correio os teus apóstrofos, as tuas cedilhas e os teus acentos aos quais o meu teclado nunca teve acesso.

Apanho o comboio para Utrecht para dar um bacalhau no nosso amigo Fradique Venâncio e assim já vou mais animada, pensando em todas as maneiras de te torturar litera/l/ria/mente.

Alerta Amarelo

Atenção:

vip vaporub tem efeitos secundários literariamente comprovados

domingo, 2 de dezembro de 2007

Não me digam que eu sou Casamenteira ?

Um poema da Salomé dedicado ao david


ode com meias até aos joelhos

nos dias em que chegas a casa triste
o meu corpo é triste para que nada te fira
nos dias em que chegas a casa triste
sou só corpo com meias tontas até aos joelhos
um corpo nu no medo claro da noite
os seios no redondo azul da tua esfera
e a sombra deles na parede do quarto.
nos dias em que chegas a casa triste
sou uma salomé num desassossego de licor,
o teu lado esquerdo com um sexo de flores,
a ternura somente insuportável
de te saber triste sem te poder tocar.

Visconde A. Pinto Ribeiro

Um Poema de A. Pedro Ribeiro, conhecido nos mundos aristocráticos por A. Pinto Ribeiro.(E parece que o lançamento está adiado)

LUZ

Luz! Luz!
Faça-se luz!
Possuído por um deus
celebro festins interiores
Luz! luz!
Faça-se luz!
Em busca de iluminaçõe
satiro-me contra as paredes
Luz! Luz!
Pedaços de mim
esvoaçam sublimes
Luz! Luz!
Meu canto doido
para lá dos homens!
Luz! Luz!
Para lá das montanhas
para lá das cidades!
Luz! Luz!
À mesa do café
percorro eternidades
Luz! Luz!
Ao poeta das trevas
ao vagabundo das eras!
Luz! Luz!
Dá-me vinhos, licores
mostra-me a saída!
Luz! Luz!
Ilha dos amores,minha rainha!
Luz! Luz!
Meu canto doido
e um deus
que dança
a meus pés.

A. Pedro Ribeiro, Motina/Clássico Real, 1.12.2007.

sábado, 1 de dezembro de 2007

A tua sorte, bébé

A tua sorte, bébé, é a biblioteca hoje fechar às 5 horas.
E de eu andar à procura do Eduardo Lourenço e recomendarem-me um livro muito melhor.

Não te preocupes quanto `a venda de bilhetes. Se não arranjares lugaresm, sempre podes ficar debaixo das bancadas!

Verdadeiro Método de Estudar

eu sei que tu andas por aí...
também sei mexer no sitemeter.

Um paragrafo sobre a importancia do feminismo-marxismo nos estudos teológicos do Renascimento. Uma vergastada.

Açoite


Açoite em Couro com Tiras - 77 cm


Alguém esta a precisar de um açoite.

Emparedada/Uit de Muur

Emparedada/Uit de Muur
Um ciclo de poemas portugueses e neerlandeses

Klompen / Socos


Klompen/ Socos

Klompen/ Socos: tamancos, chinelas de pau, tb. acto de toque fisico, agressivo, da /tua, minha/ mao na / minha, tua/ face

Klompen


Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.

Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.

Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.

Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.

Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.

Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.


Socos


Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.

Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.

Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.

Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.

Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.

Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.

Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.


Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33

A minha pátria não é a minha língua