Gabinete de de Filosofia Medieval
Colóquio internacional
Universalidade da razão, pluralidade de filosofias na Idade Média
Em memória de Pedro Parcerias
4 e 5 de Janeiro de 2008
Sala de reuniões, FLUP
A investigação recente tem procurado mostrar o pluricentramento filosófico da Idade Média,
contrariando assim a deformadora visão de um pensamento uniforme e dogmático. As comunicações
aqui reunidas mostram uma Idade Média plural em temas e autores, problemas e soluções, textos e
orientações, fontes e influências. Pluralidade que atravessa as filosofias medievais e a sua permanente
e universal abertura à razão, também submetida a crítica.
O colóquio integra as comunicações apresentadas por autores portugueses no XIIº Congresso da
Société Internationale pour l’Étude de la Philosophie Médiévale, que decorreu de 16 a 22 de
Setembro de 2007 em Palermo, a que se juntam as comunicações de outros membros do Gabinete
de Filosofia Medieval e de convidados nacionais e estrangeiros. O colóquio retoma por isso o título
do congresso de Palermo: Universalità della ragione, pluralità delle filosofie nel Medioevo.
O colóquio reúne-se em memória de Pedro Parcerias (Porto, 21.02.1971 – 27.07.2007),
licenciado, mestre e doutor em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Desde
2006 era bolseiro de pós-doutoramento da FCT na Universidade de Coimbra. A sua tese de
doutoramento (Porto 2005, sob a direcção da Prof.ª Maria Cândida Pacheco) será em breve
publicada pela Imprensa Nacional Casa da Moeda: Ente e devir : coordenadas e estrutura da
metafísica in via Scoti. O seu site continua activo: http://ontologiaprimitiva.com
Programa
4 de Janeiro
9,30
Abertura do Colóquio
Maria Cândida Pacheco (Universidade do Porto – IF/GFM)
9,45-10,45
Lição inaugural
Jügen Miethke (Universidade de Heidelberg, Alemanha): Varieties in Medieval Political
Theory in the 14th Century: Marsilius of Padua, Lupold of Bebenburg and William of
Ockham on the Side of the Emperor in his Struggle Against the Pope.
10,45-11,00
Pausa
11,00-12,30
Paula Oliveira e Silva (Universidade de Lisboa – CF): A compreensão do inefável em S.
Agostinho.
Daniela Silveira (Universidade do Porto – IF/GFM): Boécio (título a confirmar).
José M. Silva Rosa (Universidade da Beira Interior): O ‘conflito de interpretações’ no
Tratado do Discurso Decisivo de Averróis
12,30-14,30
Almoço
14,30-16,00
José M. Costa Macedo (Universidade do Porto – IF/GFM): Intellectus/Ratio em Escoto
Eriúgena e Anselmo de Aosta. Um confronto.
Maria Leonor Xavier (Universidade de Lisboa): Anselmo e Duns Escoto: algumas
afinidades estruturais de pensamento.
Vera Varjota Rodrigues (École Pratique des Hautes Études, Paris – post doc FCT –
IF/GFM): «Universalis dicitur quasi communicabilis». Scientia, fides e credulitas em
Teodorico de Chartres
16,00-16,30
Pausa
16,30-18,00
Manuela Brito Martins (Universidade Católica, Porto): Os diferentes modos de pobreza
no Sermo de paupertate do Pseudo-Grossteste
José Filipe Silva (Universidade do Minho – IF/GFM): A alma humana segundo Roberto
Kilwardby.
José Meirinhos (Universidade do Porto – IF/GFM): Existiu um “averroísmo lisbonense”
no século XIV?
5 de Janeiro
9,00-10,30
António Rocha Martins (Universidade de Lisboa – CF): Metáfora e teologia em S.
Boaventura
Luís M. Augusto (University of Sussex – post doc FCT): Eckhart e o 'Inconsciente'
Joana Serrado (Universidade de Gröningen, Holanda): Was heisst Minnen? As razões do
amor através das Beguinas, Mestre Eckhart e o misticismo ibérico
10,30-10,45
Pausa
10,45-12,15
Luis Alberto De Boni (Universidade de Porto Alegre, Brasil): “Praeter de te a philosophis
praedicta, catholici te laudant omnipotentem” (Duns Scotus)
Lídia Queiroz (Universidade do Porto – IF/GFM): Estrutura e problemas em discussão no
De continuo de Tomás de Bradwardine.
Mário S. de Carvalho (Universidade de Coimbra): Neoplatonismos aos ombros de
Aristóteles
12,15-13,00
Lição de encerramento
Josep Puig Montada (Universidad Complutense de Madrid, Espanha — Presidente da
Société Internationale pour l’Étude de la Philosophie Médiévale): Hasday ha-
Sefardi y los apocrypha de Maimónides
13,00
Conclusões e encerramento
José Meirinhos (Universidade do Porto – IF/GFM)
13,30
Almoço
Organização
Gabinete de Filosofia Medieval
Faculdade de Letras
Via Panorâmica s/n
4150-564 Porto
Torre B -Gab. 119
tel. 226077100 -ext. 119
email: gfm@letras.up.pt
Secretariado e inscrições
Gabinete de eventos e comunicação
Colóquio GFM
Faculdade de Letras
Via panorâmica s/n
4150-564 Porto
geci@letras.up.pt ; Telef. 22 6077123
Inscrições
Geral: 10 euros; Membros FLUP: 5 euros; Membros GFM e IF: gratuita.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
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Emparedada/Uit de Muur
Klompen / Socos
Klompen/ Socos
Klompen/ Socos: tamancos, chinelas de pau, tb. acto de toque fisico, agressivo, da /tua, minha/ mao na / minha, tua/ face
Klompen
Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.
Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.
Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.
Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.
Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.
Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.
Socos
Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.
Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.
Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.
Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.
Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.
Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.
Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.
Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33
Klompen
Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.
Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.
Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.
Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.
Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.
Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.
Socos
Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.
Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.
Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.
Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.
Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.
Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.
Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.
Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33
A minha pátria não é a minha língua
In Nederland wil ik sterven,
En in de natte grond bederven
Joana Slauerhoff
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