Preciso de Flores!

Estão guardadas na Quasi


quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Amor de amoras



Amor de amoras

eu já vi. (E já deixei de ir ao blog da menina limao para ela nao parar de falar comigo com todas as minhas opinioes drásticas e melodramáticas que já para lámandei)

Eu nao vi In the mood for love pois evito a todo o custo desgostos amorosos. Nao quero pensar no assunto. Nao gosto. Não rima comigo e com o meu casaco verde novo.

Vi este porque a minha irma estava aos gritos com o Jude Law.

Eu nao gostei muito.

Digo-vos uma coisa. Fiquei quase pro-sionista por causa da Natalie Portman. O seu desempenho é de arrepiar. E adorei constatar que o meu cabelo já esteve um dia como o da Rachel Weisz, quando saio do cabeleireiro.

Mas eu já nao tenho paciencia para desgostos de amor. Ja sou quase trintona. Nao te estou a chamar novinha, limao, simplesmente eu é que estou velha e azeda.
Já me bastam os meus poemas.

O filme é mesmo como a sua metáfora - blueberry pie.

É boa, saborosa, mas apesar de ser home made, não consegue ser cozinha de autor.

No entanto, deem-me uma tarte de amoras ou mirtilos ou como se chamam essas bagas azuis, e naturalmente que eu aceito.

3 comentários:

Anónimo disse...

estou muito curiosa para ver

A. Pedro Ribeiro disse...

parabéns, Joana, pelo prémio.

Joana Serrado disse...

olá angela. Sim, nao deixes de ver.
Beijinhos

Emparedada/Uit de Muur

Emparedada/Uit de Muur
Um ciclo de poemas portugueses e neerlandeses

Klompen / Socos


Klompen/ Socos

Klompen/ Socos: tamancos, chinelas de pau, tb. acto de toque fisico, agressivo, da /tua, minha/ mao na / minha, tua/ face

Klompen


Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.

Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.

Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.

Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.

Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.

Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.


Socos


Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.

Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.

Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.

Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.

Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.

Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.

Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.


Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33

A minha pátria não é a minha língua