Preciso de Flores!

Estão guardadas na Quasi


segunda-feira, 2 de junho de 2008

Devem ser 11: 30 em portugal

a maior parte das pessoas que eu conheço deve estar a dormir ainda.
Hoje sonhei que estava em santarém (acho que nunca fui a santarém, mas há alguém, segundo o sitemeter, que me lê, de Santarém. E por causa disso, sonhei que estava em Santarém, contigo, seja lá quem tu fores, em Santarém) e sonhei também com o manuel de Freitas (que se calhar nasceu em Santarém). Foi um sonho muito bonito. Apontei os pormenores e detalhes das roupas e tudo. Pode ser que venha um poema para o Manuel de Freitas. Depois vim para o gabinete, vi a mensagem da Alice, e da outra Alice, revi umas mensagens antigas, vi que me tinham pedido uma coisa que me tinha esquecido, ou se calhar nem tinha lido até ao fim, às vezes sou distraída, fiz se calhar um poema sobre miosótis, e depois não sei, quis escrever um livro, ouvi outra vez Harlequin Jones e as Dresden Dolls, sim tenho que começar a trabalhar, mas o livro que estava mesmo ao lado era o American scientist, e lá resolvi reler o melhor poema do mundo. Agora talvez sim, vá estudar. Ou vá ter mais uma lição de dactilografia (ía escrevendo lactigrafia, que até era muito mais giro, mas pelos vistos é um erro)

3 comentários:

pn disse...

não é, não.
deve ser qualquer coisa próxima da escrita do leite!
as lacteografias

que pouco terá a ver com dígitos?!
ou dáctilos?

e a vida de santa lidvina de schiedam?

os erros são giros.
vão acabar com o acordo ortográfico.
que pena!

Anónimo disse...

"duas alices para uma joana" dava um bom título para um poema :) um beijo, querida amiga *

LolaRogers disse...

Eu vejo em seu artigo link interessante para um treinamento velocidade de impressão on-line, eu quero lhe oferecer uma alternativa interessante - http://www.ratatype.com )

Emparedada/Uit de Muur

Emparedada/Uit de Muur
Um ciclo de poemas portugueses e neerlandeses

Klompen / Socos


Klompen/ Socos

Klompen/ Socos: tamancos, chinelas de pau, tb. acto de toque fisico, agressivo, da /tua, minha/ mao na / minha, tua/ face

Klompen


Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.

Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.

Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.

Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.

Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.

Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.


Socos


Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.

Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.

Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.

Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.

Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.

Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.

Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.


Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33

A minha pátria não é a minha língua