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terça-feira, 3 de junho de 2008

Prémio de Poesia Bocage

X Concurso Literário - Manuel Maria Barbosa du Bocage


A Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão orientando a sua acção na
defesa e promoção do património cultural da nossa região, vai dar
continuidade à realização do Concurso Literário Manuel
Maria Barbosa du Bocage.

A LASA, sentindo que o verdadeiro elo de ligação do poeta à
comunidade não se deve restringir a uma mera comemoração festiva
de âmbito local, considerou que o dia do aniversário de Bocage e
igualmente Dia da Cidade, deveria ser assinalado com um evento
que correspondesse à grandiosidade da obra do poeta, e fosse
simultaneamente uma forma de promover o aparecimento de novos
valores nesta área da cultura.

Não foi apenas o êxito dos anteriores concursos que nos impõe a
obrigação da sua continuidade, mas fundamentalmente porque
entendemos que o valor patrimonial legado pelo poeta impõe a toda
a Comunidade Setubalense o dever de contribuir para garantir essa
continuidade, para assim ser merecedora do nome e prestígio de
Bocage.

Comemorar Bocage, é também lançar pontes de solidariedade e de
união entre os povos que falam a mesma língua, razão pela qual ,
o Concurso é extensivo aos poetas dos Países de Língua Oficial
Portuguesa-PALOP .

O valor do Prémio de Poesia é de 1500 euros, do Prémio Ensaio
1500 euros e do Prémio Revelação é de 1000 euros.

Para conhecimento do Regulamento, queira contactar com a Liga
dos Amigos de Setúbal e Azeitão através do Apartado 292 , 2901-901
Setúbal e do telef/fax 256235000. O referido Regulamento pode ser
consultado neste site. www.lasa.pt

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Emparedada/Uit de Muur

Emparedada/Uit de Muur
Um ciclo de poemas portugueses e neerlandeses

Klompen / Socos


Klompen/ Socos

Klompen/ Socos: tamancos, chinelas de pau, tb. acto de toque fisico, agressivo, da /tua, minha/ mao na / minha, tua/ face

Klompen


Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.

Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.

Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.

Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.

Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.

Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.


Socos


Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.

Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.

Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.

Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.

Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.

Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.

Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.


Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33

A minha pátria não é a minha língua