Preciso de Flores!

Estão guardadas na Quasi


quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Apariçoes da Autora do Tratado de Botanica

19/11- Passar a limpo " O tratado" para ser entregue, por um mensageiro muito especial, ao meu editor.

20/11- Actuação no Open-Podium no café Lente Festina em Amesterdão, com poemas da Botânica (e outros ainda secretos) em português e neerlandês (tradução do Arie Pos)

22/11- Actuação no Open-Podium de Poesia Luister! no Café Pauze, em Groningen, com alguns poemas da primeira parte da Botânica (em português e neerlandês)

23/11 (de noite) terminar o poema interminável do Porto.

23/11- 25/11- Fim-de-semana poético em Moddergat (considerado o sitio mais lindo da Holanda)

06/12- Inauguração da exposição “tratado de Botânica” de Fábio Lopes e “workshop”: Escrever um poema, salvar o mundo na Escola Secundária de Fiaes (organização do Prof. Jorge Miranda)

07/12 – Presença na Gala de Solidariedade Aveiro FM (Aveiro)

11/10- Sessão de apresentação dos vencedores Hendrik de Vriesstipendium no Grand Theater, Groningen. (Participei com um projecto de um livro bilíngue. Só no momento é que se vai saber quem vai ganha. Está tudo em aberto. Espero não chorar (quer por perder quer por ganhar). Seja como for, o meu projecto, este meu poema ainda em gestaçao, mesmo sem este apoio, há-de sobreviver. Já encheu um caderninho de música)


PS: é pena que a Joana Serrado também tenha alguma coisa extra a fazer até dia 5 de Dezembro, como, por exemplo, entregar o relatorio para a FCT, terminar o horrendo primeiro capitulo do contexto histórico do misticismo em Portugal no século XVII, fazer a transcriçao e traduçao para ingles de pelo menos mais 20 páginas do manuscrito, terminar milhares de trabalhos para a cadeira " Quem tem medo de Mister Causabon?"....

1 comentário:

Ana disse...

:))) que agenda tão boa. Quanto à FCT, uma seca, mas aproveita bem! Nunca terei essa "sorte" que no fundo tem as desvantagens que se conhecem, enfim longas conversas.


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Emparedada/Uit de Muur

Emparedada/Uit de Muur
Um ciclo de poemas portugueses e neerlandeses

Klompen / Socos


Klompen/ Socos

Klompen/ Socos: tamancos, chinelas de pau, tb. acto de toque fisico, agressivo, da /tua, minha/ mao na / minha, tua/ face

Klompen


Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.

Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.

Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.

Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.

Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.

Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.


Socos


Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.

Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.

Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.

Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.

Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.

Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.

Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.


Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33

A minha pátria não é a minha língua