
Pois eu nao gostei.
Tambem nao sou obrigada a gostar do que voces gostam, e o contrário claro.
Claro que é impossivel nao adorar a imagem, o actor, a musica. Ate o suor da camisa dele eu gostei.
Só falha mesmo e a historia (que é adaptaçao das memorias da esposa). Se compararmos com o filme de Gus van Sant sobre os ultimos dias de Kurt Cobain, por exemplo, a densidade de Corbijn fica muito aquém.
Corbijn, amigo, se tirasses a historia, mostrasses apenas as fotos e a musica- isso era (para mim) poesia! Assim vendes-se apenas a ideia: live fast die young.
Se calhar porque a ideia do jovem artista morto me assusta. Que nao se pode tocar na inteira perfeiçao das coisas sem ser avassalado por ela.
Prefiro o exemplo do Herberto que envelhece enclausurado ou o Lou Reed que já com esta idade ainda declama e transforma Edgar Allan Poe.
Ja nao posso amar mais homens que se suicidam. As vezes temos de por um ponto final em certas coisas. O Romantismo tem de acabar. Morrer pela arte, entre os braços de mulheres so é muito giro para a companhia discográfica ou para a Editora.
Estou a ficar reaccionária, devo estar, mas tambem gosto de defender os que sobrevivem.
Amo-te Lou Reed por teres a coragem de sobreviver.
Amo-te Gus van Sant por fazeres arte de arte.
Amo-te Herberto por fazeres 77 anos no dia 23 de Novembro.
E amo-te a ti, Meninalimao, por nos encontrarmos e desencontrarmos nesrte mundo.
1 comentário:
:)
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