Preciso de Flores!

Estão guardadas na Quasi


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Inquerito: Coxas

Round-table acerca de coxas e vestidos com a participaçao desejada de Salomé, a Tangerina, a Ana da Sensaçao, a Toxica Hepburn e a Menina-Canudos.


Meninas. Eu tenho uma duvida metafisica.

Encontrei o vestido mais bonito do mundo. E verde escuro, pinheiro, e tem é uma mistura entre uma deusa romana e uma guerreira viking.
EU AMO O VESTIDO. E olhem que eu nao costumo amar materiais que servem de aquecimento prolongado.
Era mesmo o vestido que eu iria usar para RECUSAR o nobel da literatura...


Só que tenho um problema.
As coxas.

Esse magnifico vestido é mais curto à frente do que atrás. Mostra as pernas gorduchas. Se eu tivesse 8 anos seria a menina mais bonita e rechonchuda da escola. Mas como tenho 28 anos tenho medo que na Faculdade de Teologia nao fique tao bem. E além disso fico sempre com aquela ideia fixa (estao a olhar para as minhas pernas).

O que faço?

a) Levo outro vestido e acabo por aceitar o Nobel.

b) Uso o vestido e lanço uma nova moda de presuntos portugueses.

3) Deixo de comer as queijadas e vou fazer a maratona e só compro o vestido ate conseguir as pernas da Audrey Hepburn.

4) Fico em casa a comer chocolates e a chorar porque as pernas destoam do vestido.

5) Fico em casa a comer chocolates e a chorar porque o vestido destoa das pernas.

6) Arranjo uma burka que assim tenho sempre a certeza que vou ficar bem.


Ganha a opçao que tiver mais votos.
A votaçao é livre.

6 comentários:

Anónimo disse...

A resposta ao inquérito está no Menina-Canudos :)

menina tóxica disse...

humm. mas qual? o que está no 4º quadradinho da segunda fila? aquilo é verde? quero indicações mais precisas, vá :p

Ana disse...

Eu voto nos presuntos portugueses. Bolas se eu soubesse o que sei hoje quando era mais nova tinha andado sempre de bikini, e no invern vestia só uma gabardina por cima!

Buy it baby! Rebena com a Faculdade de Teologia.

PS: parece cliché, mas a verdade é que deves sentir bem. Podes sempre também comprar o vestido e usá-lo em situações que precises de te sentir mais sexy! :P

Happy and Bleeding disse...

ahahahah! dos melhores inquéritos a circular por aqui :P

*

ana salomé disse...

por mim, acho que levarias o vestido com meias de vidro com florzinhas a combinar para arrasares aquilo tudo. menina poeta tratadista � sempre linda e n�o h� nada mais po�tico do que um vestidinho*

lan�as a moda da coxinha boa. :D

Joana Serrado disse...

E o quarto quadradinho da quarta linha e quarta coluna. Acho que esta em vermelho, mas o que eu quero é verde. Ela esta de lado. Vestido em mim nao tem nada a ver com a representacao como voces podem imaginar.

A Menina Canudos aconselhou umas meias pretas, meias com florzinhas ainda ai é que eu ficava famosa, vou pensar... Alias. Vou tirar fotos e por no blog, e voces votam.

Emparedada/Uit de Muur

Emparedada/Uit de Muur
Um ciclo de poemas portugueses e neerlandeses

Klompen / Socos


Klompen/ Socos

Klompen/ Socos: tamancos, chinelas de pau, tb. acto de toque fisico, agressivo, da /tua, minha/ mao na / minha, tua/ face

Klompen


Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.

Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.

Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.

Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.

Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.

Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.


Socos


Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.

Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.

Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.

Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.

Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.

Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.

Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.


Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33

A minha pátria não é a minha língua