Preciso de Flores!

Estão guardadas na Quasi


sábado, 3 de novembro de 2007

O que é um blog? O que é o teu blog?

Reflexão Filosófica a partir do blog meninalimao.


(Dedicado a Margaret, Saturnine, Bruno, Ana, HappyandBleeding e a quem se quiser juntar)


Propositiones

Primo:
O meu blog nao é um diário. (menina Limao)

Secundo:
Alguém que me lê e eu não vejo.(Ana)


Tertio:
Guardar o belo
(grande urgência)
do demais banalizado.
(margaret)


Quarto (para ti guardei o quarto, naturalmente)
by happyandbleeding


Quinto:
us people are just poems (saturnine)


Sex(t)o :
(terceiro e sexto do Bruno b.C.)
li numa revista francesa de outubro de 1941 que era preciso morrer de amor sete vezes para poder 'viver de amor'.(...)mas, joana, já ouviste algum dos meus silêncios? e os seus tempos? ora, que sabes também tu dos autores (dos comentários)?;


Septimo:

se não tivessemos blogues
não sei o que estaríamos a fazer
agora que nele escrevo
e nele me estão a ler
enquanto outros nos seus escrevem
e que daqui a bocado
vou ler.

enfim, não a mesma
mas uma outra
merda de sempre.

se não tivessemos blogues
eu não diria merda
com tanto à vontade.
é que não sou rapariga
para tanto.
[ Ode ao Blog num cicio de Salomé]

Comentário


Aviso
Vou fazer a minha análise filosofico-escolastica destas proposicoes, infelizmente, aos pedacinhos, por motivos "profissionais"... Obrigada pelas vossas (re)accoes. Assim vale a pena bloggar
.

6 comentários:

Ana disse...

Olá tratado! :D

Adoro desafios, este não é simples, até porque não sou (de todo) exímia em reflexões!


Mas assim que possa participarei, pois considero que o resultado poderá ser interessante!

Joana Serrado disse...

obrigada pela resposta Ana.Tambem estou ansiosa por isto...

ana salomé disse...

oh meu deus, joana menina botanália, poeta de flores entendida :D * * * * * * *

nem sei que dizer.
deixaste-me tu sem cabeça, num amor de perdição :D

quando a encontrar escrevo-te como deve ser.

beijinhos para aí *

ana salomé disse...

joana, outra contribuição aqui:
http://meianoitetododia.blogspot.com/2007/11/s-uma-coisa-se-no-fosse-este-blog-e-os.html

beijinhos*

Ana disse...

Bom, enviei a minha contribuição para o teu mail (tratadodebtanica.at.gmail.com) pois não sabia bem o que fazer com ela... também a coloquei no meu blog, porque achei que se esava a falar sobre ele, ele podia ficar co ciúmes :)

Muito obrigada pela oportunidade que me dese de ter feito uma coisa que não me lembraria sozinha :)


***********

Ana disse...

Estranho... ia jurar que tinha escrito um comment e que ele aqui tinha ficado... será que me enganei de post? Hum... A idade não perdoa.


Bem, era para dizer que me enchi de coragem e respondi a este desafio. Sem muita perícia mas co muito gosto!

Enviei para o email que tens no cabeçalho e também coloquei no meu blog, já que ele pdia ficar com ciúmes de não ter lá colocado um texto que fala dele.

:)


Beijinho e muito obrigada por me dares oportunidade de escreer algo que nunca me teria lembrado por mim própria.


****

Emparedada/Uit de Muur

Emparedada/Uit de Muur
Um ciclo de poemas portugueses e neerlandeses

Klompen / Socos


Klompen/ Socos

Klompen/ Socos: tamancos, chinelas de pau, tb. acto de toque fisico, agressivo, da /tua, minha/ mao na / minha, tua/ face

Klompen


Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.

Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.

Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.

Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.

Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.

Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.


Socos


Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.

Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.

Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.

Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.

Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.

Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.

Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.


Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33

A minha pátria não é a minha língua