quinta-feira, 6 de setembro de 2007
A mulher que sabe demais
http://www.globalvoicesonline.org/2007/09/06/colombian-newspaper-unveils-dutch-woman%C2%B4s-secret-farc-guerrilla-diary/
Esta rapariga, Tanja Nijmeijer, estudante em Groningen e revolucionária (copulativa mas não adversativa), ficou presa nas grades do seu sonho. Militante das FARC, recentemente foi descoberto o seu diário e publicado num jornal colombiano. Penso noutra holandesa (por escolha), Anne Frank, e no seu diário.
Admiro Tanja e sofro pela sua vida que agora corre perigo. Ela teve coragem para seguir o seu caminho. Vacila, claro, e a realidade de guerrilha mostra-lhe o lado negativo da utopia. A sua escrita mostra a inumanidade da faculdade de sonhar.
Agora, algo completamente diferente:
desculpa, Menina Toxica, ainda nao juntei o teu amterial. Estou com um dilema também: se vou escrever mais posts, o nosso cadaver exquisit (e não esquisito), como irá sobreviver na página? É constantemente engolido pela voragem dos dias. Será que não posso pôr permanentemente, à mostra, no arquivo?
Têm sido tempos muito emotivos: Tanja, Theo van Baaren, o meu primeiro poema em neerlandês, as palavras da meninalimao sobre um livro Secreto (que agora já tem esse nome, o de Livro), a discussão com o Henrique Fialho sobre a salvacão...Até acordei às 7h da manhã antecipando beleza. E descobri o enchiridion symbolorum na net. A vida não é magnifica? Só faltava eu finalizar o meu capítulo para me realizar no existir.
Vou tentar.
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Emparedada/Uit de Muur
Klompen / Socos
Klompen/ Socos
Klompen/ Socos: tamancos, chinelas de pau, tb. acto de toque fisico, agressivo, da /tua, minha/ mao na / minha, tua/ face
Klompen
Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.
Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.
Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.
Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.
Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.
Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.
Socos
Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.
Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.
Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.
Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.
Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.
Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.
Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.
Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33
Klompen
Gostava de te dizer como são os meus passos que me afastam de ti.
Como não vivo para ti, nem escrevo para ti.
Como não penso no meu amor, nem te amo em pensamento.
Como não te vejo nos lugares onde nunca estivemos juntos.
Como tu não me pisas quando me obrigas a seguir os teus passos,
ou como não me calcas quando descalças os pés às leonores
que bebem da tua fonte.
Como caminho firme e confiante pelos prados holandeses, entre as vacas e a lama,
e me afasto cada vez mais de ti.
Como os meus passos se afastam dos teus passos, correndo para longe, longe,
esperando que o mundo seja realmente redondo, e não plano,
e possa, um dia, chegar às tuas costas, tapar os teus olhos e dizer-te
mijn thuisland is niet meer mijn taal.
Socos
Ik wilde je zeggen hoe mijn stappen zijn die mij van je verwijderen.
Hoe ik niet leef voor jou, niet eens schrijf voor jou.
Hoe ik niet denk aan mijn liefde en je evenmin bemin in gedachten.
Hoe ik je niet zie op de plaatsen waar we nooit samen waren.
Hoe je me niet vertrapt wanneer je me dwingt je stappen te volgen,
of hoe je me niet plet wanneer je de schoenen uittrekt
van de leonoors die drinken uit jouw bron.
Hoe ik ferm en vol vertrouwen door de Nederlandse weiden loop,
tussen koeien en modder, en me steeds verder van je verwijder.
Hoe mijn stappen zich verwijderen van jouw stappen, rennend naar de verre verten,in de hoop dat de wereld werkelijk rond is, en niet plat,
en dat ik op een dag achter je sta, mijn handen op je ogen leg en zeg
a minha pátria já não é a minha língua.
Joana Serrado, Emparedada/ Uit de Muur, Uitgeverij de Passage, 2009, p. 32, 33
A minha pátria não é a minha língua
In Nederland wil ik sterven,
En in de natte grond bederven
Joana Slauerhoff
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2 comentários:
primeiro podes aumentar o número de posts por página de modo a ainda ficarem visíveis mais uns tempos e depois podes criar um link directo para esse arquivo - que não explicarei aqui, mas no mail.
é bom saber dos teus dias um carrossel emotivo, dos que enchem o coração.
(força na capitulação do dito cujo)
:))
acho a ideia da limão boa.
bom trabalho ;)
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