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Já voltei. Mais feliz, claro.
Tudo o que eu profetizei na minha última mensagem aconteceu. Perdi aviões, aviões perderam-se de mim, perdi a carteira, as chaves, por acaso, ao que consta, não, porque não as levei, e tive de esperar ao pé das hortensias para que alguém me abrisse a porta.
Correu muito bem a apresentacão. Sentia que estava a trair a minha linhagem poética, mas com meia garrafa daquele tinto já tinha passado para outro nível.
O Fábio fez um brilharete com a sua exposicão: as pessoas já arrancavam as fotos e eles vendi-as. Ai a minha joaninha que voou. Os meus livros esgotaram-se. Até o que estava em cima da mesa. As pessoas deixaram palavras de alento no meu Livro de Honra. Consegui fazer dedicatórias diferentes para toda a gente. Vi a minha professora da escola primária. E....
conheci a meninalimão e a meninatangerina
Depois fomos a um sitio barulhento por a conversa em dia (de uma vida).
Temos imensos projectos. Saí de lá com um sorriso enorme.
No outro dia é que foi pior- e não consegui ir à exposicão da Poesia Anónima. Mas já vi a minha árvore... É bem mais poderosa que o poema - até fiquei chateada com a meninalimao por ela ter escolhido aquele!
De resto, parti para Palermo sem fazer a comunicacao. Levei duas malas de rodinhas e um saco da Strand cheio de livros, dossiers, anotacoes. Na segunda-feira, por intervencao divina (só pode ser!) lá fiz um texto. Apresentei-o no dia seguinte a um público frio e austero que não acreditou muita na hipótese do Mestre Eckhart ser discípulo das Beguinas, mas lá saí de cabeca erguida. (Ainda há quatro anos, estava a vender livros da univ. de Coimbra, agora já era tratada por professoressa apesar do meu aspecto duvidoso). Houve congressistas que lá nem puseram os pés.
No entanto, aprendi com a licão: congressos nunca mais. Só quando finalizar a tese. Não quero perder mais oportunidade de andar de exposicao em exposicao com os nossos citrinos, para andar a flagelar-me com a minha (pseudo) sabedoria assintotica.
Há mais no mundo alem de medievalices. Especialmente quando sao Palermas. Mas, enfim, uma candidata a poeta tem de ocupar o tempo entre o silencio e a palavra...E ganhar algum dinheirito para comprar livros e penar por eles...
PS: Será que é muito pretensioso da minha parte pôr um link de um jornal da terra com a minha apresentacão? É que está lá o vereador da cultura, tão deliciado a olhar para mim, que até dá gosto.
(Esperemos que a sua excelentissima esposa nao fique ofendida)
1 comentário:
ahaha, esse comentário relativo ao vereador...;)
quanto à exposição, respondo-te por mail o porquê da árvore. fico contente por teres gostado.
beijo
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