
O meu fim de semana foi, claro está, na Biblioteca, mas fui ao cinema ver As maçãs de Adão
Gostei muito, aqui está mais um exemplo de uma comédia protestante, a rivalizar com a soturnidade teológica do Bergmann (será por ser dinamarquês?). O certo é que ganhou o Prémio do Público no Festival de Cinema Fantástico de Amsterdão, e deliciou tanto - menos pela qualidade artística e mais como pegam nos clichés biblicos e protestantes, dando uma imagem positiva à vida. É despretensioso e deixa-nos com um sorriso nos lábios.
No outro dia estava tão impregnada de Protestantismo que resolvi ir assistir às Matinas do Hervormde Kerk (Igreja Reformada), na Martini kerk, mesmo em frente a minha casa. Lemos, cantamos, e sentamo-nos todos numa mesa tipo última ceia onde partilhamos um pão de forma género Bimbo e bebemos (todos) do mesmo cálice (um vinhinho doce, talvez Porto). Eu senti-me um bocado profanadora - disse logo, sou Católica, como se fosse mesmo (aliás, aqui não tenho nenhuma dúvida)- mas eles também não acreditam na transsubstanciação, portanto, lá fui eu. Todos se conheciam uns aos outros. Eu vi lá o meu Professor de Religião em Conflitos (cadeira que nunca cheguei a terminar, mas deu-me uma bibliografia interessante para a tese...Michael J. Sandel e o comunitarismo. Agora se isto tem alguma coisa a ver com Religião e Conflitos é que é mais difícil.).
No início do serviço (não é missa), um senhor veio dizer que as (poucas) flores que lá estavam seriam ofereciidas a uma determinada família. No final, pediram ajuda para arrumar a mesa. Houve peditório, mas com senhas (compravam senhas de 0,50 e depois punham num saco preto. Parece que à noite, nas vésperas, haveria mais Biblia, mas eu troquei-a por outro filme, Becoming Jane (Austen). Não me convenceu muito, porque é que uma escritora tem de ficar solteirona?
Claro, no século XIX não estava mal pensado... E aquela figura masculina, o apaixonado dela, achei-o desinteressante, e só o facto de ela gostar dele, fiquei logo com má impressão do filme. Alguma coisa estava mal (ao contrário do que aconteceu no Reino da Dinamarca, claro...)
8 comentários:
segui o link d'As Maçãs de Adão e reconheci logo o Mads Mikkelsen e o Nikolai Lie Kaas, os protagonistas de um bom filme dinamarquês e mórbido quanto baste, De Gronne Slagtere (Carne Fresca, Procura-se). fiquei curiosa.
Becoming Jane ainda não chegou cá.
A actriz principal é parecida contigo. portanto nao te preocupes com as bochechas (é assim que se escreve?)
aqui vai o site
http://www.bvimovies.com/uk/becoming_jane/
aqui está um filme que quero ver. até porque gosto muito dos romances da jane.
(talvez uma herança materna. acho que aqueles romances todos me fizeram mal eheh devia ter visto o sherck, mas era. sempre mais realista.)
;)
oh que fofinha, tão simpática...
mas eu não consigo convencer-me...eu?? parecida com ela? bom demais =)
Se calhar fui injusta com a avaliacao da Jane. Depois voces dizem-me o que acharam do filme...
Quanto `a parecen�a (������ da menina Limao com a actriz, nem estava a ser simpatica, a serio. As mulheres magrinhas, por razoes obvias, irritam-me profundamente. Mas esta tem um carisma, uma profundidade, um impacto. A beleza nao e atributo dela, � algo superior...
as mulheres magrinhas irritam-te profundamente (risos)
a última frase ... (ui, obrigada)
é impressao minha, ou será do meu computador, que a minha mensagem ficou com uns quadradinhos? é estranho nao é? Será dos novos acentos?
sim, tem a ver com os acentos e as cedilhas. como se resolve e porque é que acontece é que já não sei...
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